A Apple lançou nesta terça-feira, 9, o iPhone 17 Air, modelo mais fino da linha de smartphones da empresa, em um evento que buscava marcar inovação, mas gerou críticas sobre a ausência de avanços significativos em inteligência artificial. Com apenas 5,6 mm de espessura e pesando 165 gramas, o aparelho traz corpo em titânio de grau 5 e tela ProMotion de 6,5 polegadas com taxa de atualização de 120Hz e brilho de 3.000 nits. A estética refinada impressiona, mas analistas apontam que a Apple precisa avançar em recursos de IA para se manter competitiva diante de rivais como Samsung e Google, que já lançaram várias gerações de dispositivos dobráveis e incorporaram assistentes virtuais mais sofisticados.

O iPhone 17 Air representa um desafio técnico considerável, especialmente no que diz respeito à integração de câmeras e baterias em um corpo tão fino. O modelo possui câmera traseira de 48MP com lente telefoto de 12MP e câmera frontal de 18MP, incluindo funções como Center Stage e gravação simultânea com ambas as câmeras. A Apple também adotou o uso exclusivo de eSIM, eliminando o suporte a SIM físico, o que pode limitar a flexibilidade de uso em algumas regiões. Especialistas avaliam que a empresa busca equilibrar design e funcionalidade, mas alertam que o iPhone Air precisa oferecer mais diferenciais tecnológicos para atrair consumidores que já têm modelos recentes, como o iPhone 14, 15 ou 16.

A Apple introduziu ainda a plataforma Apple Intelligence, voltada para integração de recursos de inteligência artificial, com processamento local para preservar a privacidade dos usuários. No entanto, o assistente virtual Siri ainda não recebeu melhorias substanciais, deixando a empresa atrás de concorrentes que já disponibilizam assistentes mais avançados e inteligentes. Analistas apontam que a companhia precisa acelerar o desenvolvimento de funcionalidades de IA, especialmente em um momento em que o mercado de smartphones está cada vez mais competitivo e a inovação se tornou fator decisivo para manutenção de clientes.

Enquanto a Samsung está em sua sétima geração de telefones dobráveis e o Google na terceira, dispositivos desse tipo ainda representam uma parcela pequena do mercado, estimada em menos de 5% das vendas totais de smartphones. Apesar disso, a falta de inovação significativa em IA e o foco apenas no design ultrafino podem limitar a atratividade do iPhone 17 Air para consumidores que buscam recursos tecnológicos mais avançados, além de dificultar a disputa por fatias de mercado que priorizam inteligência artificial, realidade aumentada e dispositivos com múltiplos modos de uso.

O iPhone 17 Air será posicionado entre os modelos básicos do iPhone 17 e os Pro, oferecendo um preço intermediário que busca atrair um público amplo. Especialistas destacam que a novidade do Air pode estimular upgrades, já que faz algum tempo desde que houve mudanças significativas no formato do dispositivo. Ao mesmo tempo, a Apple sinaliza que continua estudando o desenvolvimento de um iPhone dobrável, que poderia atuar como plataforma para recursos avançados de IA, mas sem previsão de lançamento ainda para este ano.

O lançamento do iPhone 17 Air reforça a estratégia da Apple de investir em design e portabilidade, mas também evidencia os desafios que a empresa enfrenta em inteligência artificial e recursos avançados. O mercado continuará acompanhando se a companhia conseguirá conciliar estética, inovação tecnológica e diferenciais competitivos para manter a liderança em um setor cada vez mais disputado.