Nesta manhã, a COP-30 volta seu olhar para as pessoas, colocando em pauta temas que afetam diretamente a vida cotidiana e estão cada vez mais conectados à crise climática. O eixo central das discussões é a adaptação — entendida como um esforço coletivo para proteger vidas, fortalecer os sistemas de saúde e reduzir desigualdades. Líderes, especialistas e representantes da sociedade civil se reúnem em Belém para propor soluções que aproximem desenvolvimento humano, conhecimento e justiça, reafirmando o compromisso de que ninguém deve ser deixado para trás.

O dia começa com a adoção do Plano de Ação de Belém para a Saúde (BHAP), considerado um marco na construção de sistemas de saúde resilientes ao clima. Liderado pelo Brasil, o plano une países em torno de um objetivo comum: fortalecer a vigilância, ampliar capacidades locais e fomentar a inovação para proteger comunidades contra riscos climáticos e emergências sanitárias. O documento também busca integrar políticas de saúde e meio ambiente, consolidando o conceito de que a proteção ambiental é parte essencial da saúde pública global.

A educação é outro eixo de destaque na programação desta manhã. A Mesa-Redonda Ministerial sobre Educação Verde, coorganizada pelo Brasil e pela UNESCO, apresenta experiências de escolas e educadores que estão moldando novas gerações para viver e prosperar em um planeta mais quente. A proposta enfatiza que a transformação climática exige não apenas conhecimento técnico, mas também consciência social e empatia — preparando cidadãos capazes de agir localmente com impacto global.

O financiamento volta a ser peça-chave nas negociações, com um chamado para que bancos multilaterais, fundos climáticos e parceiros internacionais alinhem seus investimentos à construção de sistemas de saúde e educação mais resilientes. O desafio é garantir que os recursos cheguem onde são mais necessários, impulsionando projetos que unam desenvolvimento humano e proteção ambiental.

Essas discussões reforçam uma mensagem central: enfrentar as mudanças climáticas é também garantir bem-estar, qualidade de vida e oportunidades. A adaptação eficaz começa nas escolas, nas clínicas e nas comunidades — espaços onde se constrói diariamente um futuro mais justo, saudável e sustentável.

Foto de Rafa Neddermeyer/COP30 Brasil Amazônia/PR