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Sustentabilidade & Futuro

Crise Global da Água: 2 Bilhões sem Acesso Seguro à Água Potável

Redação

26 de agosto de 2025


Mais de 2 bilhões de pessoas vivem sem acesso a água potável gerenciada com segurança, segundo relatório conjunto divulgado em agosto de 2025 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Cerca de 106 milhões dependem diretamente de águas superficiais – rios, lagos e canais – para suprir necessidades básicas, expondo essas populações a riscos sanitários imediatos.


O documento detalha cinco níveis de serviços de abastecimento de água potável, em que o padrão mais elevado, denominado “gestão segura”, assegura que a água esteja livre de contaminação fecal ou química. Nos níveis mais baixos, como poços não protegidos, fontes improvisadas e águas superficiais, permanecem vulneráveis comunidades inteiras, muitas vezes em regiões rurais ou periféricas, sem infraestrutura de monitoramento de qualidade.


Entre 2015 e 2025, houve avanços graduais: 961 milhões de pessoas passaram a ter acesso à água gerida com segurança, elevando a cobertura global de 68% para 74%. Paralelamente, 61 milhões deixaram de utilizar águas superficiais para consumo, enquanto o número de países que eliminaram essa prática subiu de 142 para 154.


No campo do saneamento, 1,2 bilhão de pessoas conquistaram serviços geridos com segurança, aumentando a cobertura global de 48% para 58%. A defecação a céu aberto caiu de 429 milhões para 354 milhões de indivíduos, correspondendo a 4% da população mundial, e 1,6 bilhão passaram a ter acesso a serviços básicos de higiene, ampliando a cobertura de 66% para 80%.


O relatório destaca que os progressos ainda são insuficientes para alcançar a meta de acesso universal à água potável e ao saneamento até 2030, estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A análise evidencia que o ritmo atual de implementação de infraestrutura, principalmente em regiões de alta vulnerabilidade, não acompanha o crescimento populacional e as demandas por serviços seguros de água e higiene.


Além do impacto direto sobre a saúde pública, a falta de acesso a água potável e saneamento contribui para desigualdades educacionais e socioeconômicas, especialmente entre meninas, que assumem frequentemente a responsabilidade de coleta de água em domicílios rurais ou periféricos. O estudo aponta ainda que a insuficiência de investimentos em manutenção e expansão de sistemas WASH pode agravar riscos intergeracionais, perpetuando ciclos de vulnerabilidade.


O relatório conclui que, mantendo-se o ritmo atual de progresso, a promessa de acesso universal à água potável e ao saneamento estará cada vez mais distante, deixando bilhões de pessoas expostas a riscos contínuos de saúde e comprometendo o desenvolvimento sustentável em escala global.


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