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Sustentabilidade & Futuro

Margem Equatorial: o novo horizonte da soberania energética brasileira

Redação

21 de outubro de 2025

A Margem Equatorial, considerada o "novo Pré-Sal da Amazônia", possui reservas potenciais estimadas em até 16 bilhões de barris de petróleo e capacidade de produção de 1,1 milhão de barris por dia, representando uma das áreas marítimas mais promissoras do país para extração de combustível fóssil. Localizada a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e 175 quilômetros da costa do Amapá, esta região se estende da foz do rio Oiapoque até o litoral norte do Rio Grande do Norte, configurando-se como um dos maiores potenciais energéticos do século XXI.


O governador do Amapá, Clécio Luís, celebrou o anúncio da licença do Ibama como "um passo histórico rumo ao conhecimento sobre o potencial energético do Amapá e ao desenvolvimento da Amazônia". A autorização para a Petrobras perfurar poços para pesquisa exploratória no bloco FZA-M-59 na bacia sedimentar da Foz do Amazonas representa um marco no desenvolvimento regional, com impactos econômicos que podem transformar a realidade do norte brasileiro.


Estudos da Confederação Nacional da Indústria indicam que a exploração da Margem Equatorial pode elevar o PIB do Amapá em até 61,2%, gerando cerca de 54 mil empregos diretos e indiretos. Em escala nacional, o Observatório Nacional da Indústria projeta a criação de 495 mil novos empregos formais, acréscimo de R$ 175 bilhões ao PIB e produção de R$ 11,23 bilhões em arrecadações indiretas, demonstrando o potencial transformador desta iniciativa.


Municípios como Oiapoque, Calçoene, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana estão entre os principais beneficiados, com expectativa de crescimento em serviços, infraestrutura, habitação e formação técnica. Este desenvolvimento regional integrado representa uma oportunidade única para reduzir desigualdades históricas e promover o crescimento econômico sustentável na Amazônia Legal.


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende que a pesquisa na Margem Equatorial "representa o futuro da nossa soberania energética", destacando que "fizemos uma defesa firme e técnica que a exploração seja feita de forma responsável ambientalmente, dentre os mais altos padrões internacionais, e com benefícios concretos para brasileiras e brasileiros".


A exploração na região divide setores da sociedade, com ambientalistas e cientistas criticando o aval do Ibama e alertando para prejuízos à COP30, enquanto entidades do setor petrolífero comemoram a autorização. Esta dualidade reflete o desafio contemporâneo de conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental em uma das regiões mais sensíveis do planeta.


O ministro Silveira enfatizou que "o nosso petróleo é um dos mais sustentáveis do mundo, com uma das menores pegadas de carbono", estabelecendo um novo paradmetro para a exploração de recursos naturais no século XXI.

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