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Sustentabilidade & Futuro

Newsom denuncia ausência de Trump na COP30 como abandono de liderança climática

Redação

12 de novembro de 2025

A ausência da administração Trump na COP30, conferência climática da ONU em Belém, Brasil, expôs uma ruptura na política ambiental dos Estados Unidos. O governo federal não enviou representantes de alto nível para o evento, deixando um vácuo de liderança que foi preenchido por governadores estaduais.


Gavin Newsom, governador da Califórnia e potencial candidato presidencial democrata em 2028, assumiu o protagonismo nas críticas à ausência trumpista. "Venho aqui com humildade, vindo dos Estados Unidos. Estou muito consciente de que a administração Trump abandonou qualquer senso de dever, responsabilidade ou liderança em relação às questões que nos reúnem aqui", declarou Newsom em reunião ministerial.


O governador californiano foi além nas críticas: "É uma abominação. É uma desgraça. Mas em vez de reclamar, estamos tentando fazer algo a respeito." Newsom posicionou a Califórnia como contraponto à política federal, citando líderes republicanos históricos do estado que promoveram políticas ambientais.


A ausência americana criou uma abertura estratégica para a China, segundo análise de Newsom. "A China está aqui. Apenas um país não está aqui: Estados Unidos da América", observou, alertando para as consequências geopolíticas da retirada americana das discussões climáticas globais.


As políticas climáticas de Trump representam uma ruptura radical com consensos científicos estabelecidos. O presidente republicano já classificou as mudanças climáticas como "farsa" e "golpe", posição que desconsidera o consenso científico sobre os efeitos do uso de combustíveis fósseis no clima global.


No discurso da Assembleia Geral da ONU em setembro, Trump afirmou que países ao redor do mundo foram "devastados" pela "falsa catástrofe energética". Ele advertiu líderes mundiais: "Se você não se afastar desse golpe verde, seu país vai falhar."


Enquanto Newsom participava da COP30, o jornal Washington Post revelou que a administração Trump considera permitir perfurações offshore ao longo da costa da Califórnia. Newsom classificou a proposta como "morta ao chegar" e questionou o timing do anúncio durante a conferência climática.


As críticas de Newsom se estenderam além das políticas ambientais. Ao ser questionado sobre os ataques aéreos de Trump contra embarcações supostamente envolvidas no tráfico de drogas, o governador questionou: "O que aconteceu com o devido processo? O que aconteceu com o Estado de Direito? Acredito no Estado de Direito. Não acredito no governo de Don."


Desde 2 de setembro, a administração Trump realizou pelo menos 19 ataques aéreos conhecidos no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, matando aproximadamente 75 pessoas. Especialistas jurídicos denunciaram os ataques como forma de execução extrajudicial.


Em outro evento da COP30 intitulado "A América Está Dentro", Newsom reforçou seu apelo por mudança política nos EUA, sublinhando que o poder de Trump é "temporário". "Ele é uma espécie invasora. É um presidente bola de demolição", afirmou.


Quando pressionado por soluções que conectassem com eleitores, o governador californiano encorajou líderes mundiais a encontrar uma abordagem unificadora, particularmente no combate ao ceticismo climático. "Acho que temos que usar linguagem diferente", disse Newsom, evitando comentar suas próprias ambições presidenciais com um simples "Não vou cair na armadilha."

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