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Política & Mundo

Tarifas de Trump impactam comércio global a partir 1º de outubro

Redação

29 de setembro de 2025

O governo dos Estados Unidos anunciou uma nova rodada de tarifas que entrará em vigor em 1º de outubro, estabelecendo penalizações entre 25% e 100% sobre setores estratégicos como medicamentos, caminhões pesados, móveis e utensílios domésticos. A medida afeta países como Irlanda, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Reino Unido, Índia, México, Alemanha, China e Japão, configurando uma escalada nas tensões comerciais globais. A política tarifária já exerce pressão sobre o dólar no mercado internacional e eleva as expectativas de inflação nos Estados Unidos, indicando potenciais desequilíbrios econômicos em cadeia.


Howard Lutnick, aliado próximo do presidente Donald Trump, afirmou que as tarifas permanecerão em vigor até que os países abram seus mercados, estabelecendo uma condição clara para a reversão das medidas. Ele ressaltou que Brasil, Suíça e Índia precisam "reagir corretamente" às imposições norte-americanas, evidenciando a estratégia de pressão diplomática por meio de instrumentos comerciais. A declaração revela o alinhamento entre a Casa Branca e assessores próximos na condução da política externa comercial, com foco na obtenção de concessões de parceiros econômicos.


Os Estados Unidos registraram em 2024 um superávit comercial de US$ 28,6 bilhões em relação ao Brasil, mesmo após a inclusão do país no tarifaço de 50% anunciado em agosto. Apesar disso, o Brasil ficou de fora da nova rodada de tarifas divulgada por Trump, sugerindo uma avaliação diferenciada das relações comerciais bilaterais. A exclusão temporária do Brasil pode indicar negociações em curso ou considerações estratégicas sobre a importância do parceiro sul-americano no cenário geopolítico regional.


Lutnick também destacou que a Suíça acumula déficit comercial de US$ 40 bilhões com os EUA, fator que, segundo ele, explica parte da riqueza do país europeu. A afirmação estabelece uma relação direta entre desequilíbrios comerciais e desenvolvimento econômico, fundamentando a justificativa norte-americana para as medidas protecionistas. A referência ao caso suíço serve como exemplo da lógica que orienta a política comercial trumpista, baseada na correção de supostas distorções nos fluxos comerciais internacionais.


O encontro entre Trump e o presidente Lula na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, foi classificado por Trump como de "química excelente", indicando um canal de diálogo aberto entre os líderes. Um novo encontro entre os dois chefes de Estado deve ocorrer nos próximos dias, sugerindo a continuidade das conversas bilaterais em meio ao cenário de tensões comerciais. O desenvolvimento das relações pessoais entre os mandatários pode influenciar as negociações comerciais em curso, criando espaço para entendimentos que mitiguem os efeitos das medidas tarifárias.

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